As modelos brasileiras continuam sendo as ‘queridinhas’?

As modelos brasileiras sempre foram as queridinhas do mercado internacional. Foto: @Reprodução

As modelos brasileiras continuam sendo as ‘queridinhas’?

Lindas, simpáticas e alegres, por anos as modelos brasileiras foram as mais requisitas no mercado da moda internacional. Porém, com o tempo, o quadro foi mudando. E você sabe por quê? Confira!

Brasil: o país da beleza variada

Começo te fazendo um convite, caso já não tenha feito ainda: pesquisar as modelos, ou melhor, os perfis que circulavam nas passarelas de Paris, Milão, Londres e Nova York, entre o final dos anos 90 até o início de 2010.

Você fazendo isto, provavelmente só verá modelos russas e brasileiras nos castings; mais ou menos, uns 65%.

As russas com seus belos cabelos lisos, dourados, pernas longas, cinturas finas e rostos de bonecas; as brasileiras, ah… as brasileiras, com seus cabelos variados, corpos variados: mais magros, mais curvilíneos; pernas longas; cinturas e rostos variados; beleza e mais beleza, variada!

Sendo assim, pelo Brasil ser um país que foi colonizado (de forma exploratória, diga-se de passagem), somos um povo misturado. Temos pessoas descendentes da Alemanha, da Itália, da Polônia, de Portugal, da Grécia, da África etc., sem falar dos nossos povos originários.

Por isso, não é possível nos colocar dentro de uma “caixinha” e dizer: “Este ou aquele tem cara de brasileiro”. Porque não temos uma cara. Somos variados.

E foi exatamente por isto que as modelos brasileiras ganharam tanta notoriedade entre as principais agências do mundo: somos um povo diferente e sabemos, como ninguém, nos adaptar às mais diversas situações, e sempre com um sorriso no rosto.

Porém, a beleza brasileira que sempre encheu os olhos de todos os scouters, com o tempo, foi perdendo um pouco do foco, infelizmente.

Hoje, são as estadunidenses, sul-sudaneses, holandesas e inglesas que dominam mais o espaço (você pode conferir o ranking das 50 melhores modelos do mundo, deste ano, no models.com).   

Beleza, adaptação, medidas e…

Bom! Como eu sempre digo: “Não adianta nada ter o perfil (beleza e medidas) se não há comprometimento”. E é exatamente este o Calcanhar de Aquiles, de algumas modelos brasileiras.

Quantas e quantas modelos eu vi começarem na carreira, ao longo dos meus mais de 20 anos de profissão, que tinham tudo para darem certo, mas, por conta da falta de compromisso, acabaram não “vingando”.

E para as agencias internacionais, isso, com o passar dos anos, tornou-se intolerável, ainda mais que, “bookar” modelos do Brasil, por conta da distância, acaba saindo muito caro.

Por fim, o que pode ter acontecido é: beleza por beleza, mesmo que o nosso povo tenha belezas distintas e magníficas, sem entender o tamanho da responsabilidade que é ser um PROFISSIONAL da moda, fica bem complicado.

Mas, que fique bem claro, há muitos modelos que não se enquadram (se é assim que podemos dizer) neste perfil que citei acima. Temos muitos exemplos de modelos incríveis que souberam aproveitar a chance e se consolidarem como ótimos profissionais.

Veja bem, são casos isolados, mas que acabaram ficando evidentes, prejudicando as aprovações internacionais.

Porém, nada está perdido. Mudar esse comportamento seria o mais indicado, para que possamos voltar a ser o centro das atenções novamente.

Antes de tudo, te indico ler este artigo que escreve, na qual eu falo bastante sobre mudanças de comportamento. Leia! Tenho certeza de que te ajudará ver as coisas de forma diferente. E claro, depois volte para ler este até o final!

Revertendo o quadro juntos!

Em tudo na vida, seja lá o que formos fazer, precisamos de boas orientações. Caso contrário, tomaremos decisões “erradas”, não é mesmo?

E isto é o que mais acontece no meio da moda, infelizmente: poucas modelos recebem apoio emocional e racional para seguirem com firmeza.

Desse modo, eu, observando isso ao longo da minha trajetória, fui, cada vez mais, me inserindo em todos os tipos de conhecimentos que pudessem ajudar os meus modelos, e hoje, até pessoas, talvez, como você, que querem ser modelo.

Pois eu penso que, uma carreira bem feita é construída com paciência, consciência, ótimos profissionais e muita, muita responsabilidade.

Sendo assim, acredito eu, um modelo sozinho não consegue nada; é quase uma obrigação do booker dar todo o suporte necessário; orientá-lo, por assim melhor dizer. Esta é a minha filosofia.

Quero que você, modelo ou futuro modelo, sinta-se à vontade para me procurar, caso queira construir uma carreira sólida, e, quem sabe, tornar-se a mais nova queridinha das agências internacionais (abro um grande parêntese aqui para dizer que o este artigo também se encaixa para os meninos, igualmente).

Afinal, respondendo à pergunta central, mesmo com os fatos que eu trouxe, as brasileiras nunca perderam o seu posto; ele está lá, só precisa ser recuperado.

Entre em contato. Vamos conversar?!

5 comentários em “As modelos brasileiras continuam sendo as ‘queridinhas’?”

  1. Fernanda Farias

    Ótima matéria Fabiano.
    O comprometimento é o primeiro passo para conseguirmos chegar onde queremos.

  2. Pingback: CARREIRA: O PAPEL DA FAMÍLIA NA VIDA DE UM MODELO

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